"RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS" trata-se de textos onde exponho de forma irônica, metafórica, crítica e subversiva a condição humana. Esse blog pode causar estranhamento e até mesmo raiva, pois mistura o real com o fictício sem embelezamentos, indo a fundo no que o ser humano tem de pior: a ignorância, a covardia, os tormentos, a utilização da sexualidade de forma desrespeitosa, os vícios, a solidão, etc. Qualquer semelhança entre fatos e os textos aqui presentes é mera coincidência. As características do texto não representam necessariamente o ponto de vista do autor que vos escreve.

Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todos os textos aqui presentes foram escritos por Mao Punk.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ROBÔ-CLONE

Ninguém desconfiou de nada. Nem funcionários, nem supervisores, nem seguranças... era um robô perfeito, exatamente igual Catarina. Ela não estava muito afim de trabalhar, então providenciou que o robô-clone ficasse em seu lugar.

Manfredo estava trabalhando, sentado ao lado de Catarina. Aliás, sentado ao lado do robô-clone. E conversava com ela normalmente.

Qualquer um que passasse naquele corredor nunca desconfiaria que aquela não era realmente Catarina.

O robô-clone fazia tudo o que um ser humano é capaz de fazer (ou quase tudo). Era capaz de mexer no computador, atender telefone, conversar... foi programado da forma mais impressionante!

Supervisores estavam no corredor. Manfredo pergunta à Catarina robótica:
- Conseguiu finalizar aquele serviço?
- Quase. Falta pouco – respondeu o robô.

É... os supervisores estavam crentes que estava tudo certo por lá e deixaram o corredor, sem imaginar que lá havia um robô que não conseguia finalizar os serviços de Catarina. De repente o celular de Manfredo toca. Era Catarina:

- Alô, Manfredo? Alguém desconfia de algo?
- Não, Catarina! Tudo na mais perfeita ordem.
- Se descobrirem sobre o robô pode acontecer uma merda! – alerta Catarina.
- Nunca vão descobrir... descobrir... descobrir... descobrir... – o robô-clone de Manfredo teve uma pane. Manfredo estava na praia.

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