"RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS" trata-se de textos onde exponho de forma irônica, metafórica, crítica e subversiva a condição humana. Esse blog pode causar estranhamento e até mesmo raiva, pois mistura o real com o fictício sem embelezamentos, indo a fundo no que o ser humano tem de pior: a ignorância, a covardia, os tormentos, a utilização da sexualidade de forma desrespeitosa, os vícios, a solidão, etc. Qualquer semelhança entre fatos e os textos aqui presentes é mera coincidência. As características do texto não representam necessariamente o ponto de vista do autor que vos escreve.

Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todos os textos aqui presentes foram escritos por Mao Punk.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

CONFISSÃO GOZADA

Ele gozou na minha cara. O filho da puta gozou na minha cara! Acha que sou que tipo de mulher? Uma puta? Nem puta é tão humilhada! Acha que só porque chupei seu pau ele tem direito de fazer isso comigo?

Entendo que todos têm o direito ao orgasmo, mas tinha que ser desse jeito? Para ele está tudo bem, afinal eu não pinto a cara dele de branco quando ele me chupa. Mas achar que gozar na minha cara é compensar o trabalho feito, isso é inadmissível!

Confesso que não foi ruim. Você, que também é mulher, entende que a coisa não é lá muito agradável realmente, mas também não é algo totalmente desprezível. Claro que gosto é gosto, mas na hora do sexo certas coisas são superáveis... Mas nem por isso deixarei as coisas bagunçadas assim! Com que direito ele fez isso? Tirou minha honra, me tratou como uma qualquer, tentou me diminuir!

Logo ele que sempre me tratou tão bem, com tanto respeito... Um exemplo de homem... Não! O que estou dizendo?! Ele quis me inferiorizar!

Eu poderia ter parado. Eu deveria ter imaginado o que estava por vir. Por que mantive a arma em minhas mãos? Por que vivi o calor dessa emoção tão livremente? Por que dei asas à minha libido desse jeito?

Oh! Estou arruinada! O que dirão de mim se souberem? Não vão mais me aceitar como mulher, estou fadada ao desrespeito! Todos vão me tratar como vagabunda!

É tão triste ter a minha sexualidade fragilizada dessa forma! Que todos me perdoem!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

QUASE

Carolina! Eu decidi quase te adorar em silêncio. Falo de um quase silêncio, nunca de um quase adorar. Você talvez saiba que minha adoração é sempre inteira. De qualquer forma, decidi quase conter o que penso.

Decidi, Carolina, quase fingir esquecer, quase enganar minha mente, quase não me sufocar...

Às vezes penso estar contigo e quase acredito. Eu quase sempre voo. E quando não voo, quase sem querer me vejo repousando em você. E quase sempre estou sempre perdido, seja em um quase céu ou quase em teus lábios ("quase" me soa tão distante).

Eu decidi, Carolina, quase te adorar em silêncio. Este quase distante é o que ainda me aproxima de ti...