"RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS" trata-se de textos onde exponho de forma irônica, metafórica, crítica e subversiva a condição humana. Esse blog pode causar estranhamento e até mesmo raiva, pois mistura o real com o fictício sem embelezamentos, indo a fundo no que o ser humano tem de pior: a ignorância, a covardia, os tormentos, a utilização da sexualidade de forma desrespeitosa, os vícios, a solidão, etc. Qualquer semelhança entre fatos e os textos aqui presentes é mera coincidência. As características do texto não representam necessariamente o ponto de vista do autor que vos escreve.

Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todos os textos aqui presentes foram escritos por Mao Punk.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O BAR FEÉRICO

Ele parou no bar. Sentou-se a uma mesa no fundo do estabelecimento e pediu uma bebida. Observou, quase que distraído, o ambiente. Notava a falta de higiene do bar e, de lá do fundo, olhava a rua através da porta de saída.

Sua bebida já foi posta no copo e o copo já foi direcionado por suas mãos até a boca. A bebida é doce e seu sabor o faz sorrir.

Parecia feliz, pensando em nada, degustando o drink e sorrindo para coisa alguma.

O Relógio, em contraponto do corriqueiro, corria seus ponteiros rapidamente. Lá dentro do bar o clima era agradável. Copo vazio. Mais uma rodada.

O bar estava cheio. Jovens e adultos se divertiam como crianças, todos quase sem responsabilidade, vivendo o momento sem pensar demais. Enfim, um ambiente propício para um bar.

Ele continuava bebendo e sorrindo. Parecia feliz, como se estivesse comemorando intimamente consigo, brindando sozinho alegrias.

Ele sabia que cada dia é único e cada segundo deve ser aproveitado intensamente. Por isso parou neste bar. Parecia feliz e satisfeito.

Outra dose. O tempo é arteiro. Como passa depressa quando não se quer! Suas moedas estavam acabando. Só lhe restava o dinheiro para a condução.

Fechou a conta, deu um último sorriso antes de se ausentar do bar. Parecia feliz com tudo. Só parecia. Fora do bar não encontrava fadas.

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