"RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS" trata-se de textos onde exponho de forma irônica, metafórica, crítica e subversiva a condição humana. Esse blog pode causar estranhamento e até mesmo raiva, pois mistura o real com o fictício sem embelezamentos, indo a fundo no que o ser humano tem de pior: a ignorância, a covardia, os tormentos, a utilização da sexualidade de forma desrespeitosa, os vícios, a solidão, etc. Qualquer semelhança entre fatos e os textos aqui presentes é mera coincidência. As características do texto não representam necessariamente o ponto de vista do autor que vos escreve.

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

AQUELA VELHA HISTÓRIA...

Não! Eu não quero me sentir satisfeito! E por que querer? É aquela velha história do “limitar-se”.

O dia em que me sentir satisfeito é porque limitei meus anseios nas coisas que vejo, que sinto, que tenho. Aí morrem desejos, morre a criatividade... morre a poesia! Ah, a poesia não pode morrer!

Não que eu não tenha apreço por nada. Tenho até demais. Por tudo! E por isso prefiro apreciar cada coisa, em todo tempo, desejando sempre o impossível. Desejar o possível seria aquela velha história do “limitar-se”.

Veja bem: se quero algo corro atrás. Se algo na busca me incomoda, paro. Paro porque não estou buscando incômodo. Isso não quer dizer que eu já não queira. Deixar de querer por conta de algum contratempo entraria naquela velha história do “limitar-se”.

E por isso meus anseios me bastam! Eu vivo de anseios impossíveis, corro e paro, paro e corro, sou instável. Isso me motiva! Isso me faz satisfeito!

Eu disse satisfeito? Merda!

2 comentários:

  1. A.D.O.R.E.I.

    Sabe que pensando assim, até me sinto mais tranquila diante de toda essa minha insatisfação perante às coisas?

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  2. "Ah, a poesia não pode morrer!"
    Jamais, a poesia jamais pode morrer e jamais podemos nos limitar, os universos são muitos para haver limitação de nossa parte antes mesmo de conhecer o primeiro universo que é o que nos rodeia. Belo texto!

    "Limitar-se é como impedir uma criança de sorrir quando ganha um presente."

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