"RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS" trata-se de textos onde exponho de forma irônica, metafórica, crítica e subversiva a condição humana. Esse blog pode causar estranhamento e até mesmo raiva, pois mistura o real com o fictício sem embelezamentos, indo a fundo no que o ser humano tem de pior: a ignorância, a covardia, os tormentos, a utilização da sexualidade de forma desrespeitosa, os vícios, a solidão, etc. Qualquer semelhança entre fatos e os textos aqui presentes é mera coincidência. As características do texto não representam necessariamente o ponto de vista do autor que vos escreve.

Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todos os textos aqui presentes foram escritos por Mao Punk.

terça-feira, 29 de março de 2011

A MESMICE

A mesmice? Ah, claro! Ela não é algo extrínseco. Ela não faz parte das coisas ao seu redor. Não é uma consequência do que não acontece no ambiente exterior. Ela é justamente a falta de organização das ideias pessoais, ideias internas. Organizar é ação! Quem não organiza os pensamentos passa por um tumulto que impede de respirar novos ares.

Mas se existe um tumulto, como posso dizer que há mesmice? Simples: esse tumulto sempre acontece por conta de um único fator. Esse fator é invariável, é constante, é monótono. O fator em questão é a própria confusão mental que se faz a partir da falta de organização de pensamentos.

Não há mesmice que não venha de dentro de nós. Não há mesmice que não possa ser mudada com nossas próprias atitudes. Pensar no que somos, no que fazemos, organizar nossos atos e nossos desejos, isso certamente contribui para a quebra da mesmice.

Impulsos? Por que não dizer que são exposições involuntárias de organizações pessoais? Mesmo que sejam organizações não revisadas, mesmo que pareçam fora da lógica racional. O impulso, se analisarmos, pode ser uma lógica racional inconsciente ou, poeticamente falando, a lógica da sensibilidade extravasada após uma organização sentimental, algo que quebrou as barreiras da mesmice.

Eu, particularmente, não acredito tanto assim em racionalidade quando falamos de sentimentos. Prefiro a poesia. Prefiro a visão romântica. Ela conforta um tanto mais.

E se por acaso eu aparentar confusão nessas linhas, talvez seja resquício de alguma mesmice. Mas eu tenho a poesia para me ajudar.

quinta-feira, 17 de março de 2011

INDIFERENÇA TÂNTRICA

Minha indiferença é tão atenciosa!

Quando decido mandar tudo para a puta que pariu, eu o faço com gosto! E não mando para qualquer puta que pariu, não! Só mando para as putas mais arrombadas.

Quando eu quero que se foda, eu quero que seja aquela foda inesquecível! Não falo de uma rapidinha, obviamente. Falo de algo mais tântrico. É um "foda-se" prolongado, sem gozo.

Sou atencioso até demais! Tanto que me preocupo com a puta e com a foda, com o parido e com o fodido. E minha indiferença acaba sendo uma máscara ou proteção.

Ah! Eu quero que se foda! Tudo isso que vá pra puta que pariu!

terça-feira, 8 de março de 2011

AQUILO QUE EU QUERO

Perguntam-me o que quero. O que quero? Não é difícil entender. E querem tanto saber! É tanto querer nesse querer saber que eu acho que a complicação está em tentar saber o que querem com esse querer saber o que quero! Complicado, não? Mas esse não sou eu!

Se quiserem mesmo saber o que quero, responderei em um tom claro e compreensível. Sabem o que quero? Eu quero que se foda!